Burocracia insana e “cultura de quintal” na Administração Pública cabo-verdiana

Há mais de três meses que estou à espera da emissão, por parte da DGPOG do Ministério das Finanças, de uma simples declaração do tempo de serviço relativo à minha passagem por esse departamento, onde exerci funções governativas. Não há nada em falta, na medida em que anexei cópias de Boletim Oficial com as respetivas datas de nomeação e exoneração. Mesmo assim, já lá fui uma dezena de vezes e a resposta tem sido ou que se está à espera de despacho superior, ou de assinatura. Trata-se de um caso pessoal, e eu tenho a possibilidade e, sobretudo, a coragem de o denunciar. Mas, há vários outros, de pessoas anónimas, ou nem por isso, que, por diversas razões, não os denunciam. Então, pergunto: porquê que eu e os outros cidadãos somos obrigados a passar por este calvário, quando o Governo vem alardeando uma Administração Pública (AP) cada vez mais moderna, eficaz e célere ao serviço dos cabo-verdianos? Embora se tenham registado avanços importantes, como a digitalização de a...